Lua de mel em Buenos Aires

Ficamos dois dias inteiros em Buenos Aires (9 e 10 de fevereiro), hospedados no hotel butique Miravida Soho, em Palermo Soho. É um bairro chique e tranquilo, não muito perto do centro, mas perto do metrô e dos melhores restaurantes da cidade. Assim, poderíamos passear de metrô durante o dia e, à noite, caminhar até os restaurantes, sem precisar usar táxis.

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Gostamos muito do hotel. O quarto tem uma decoração ao mesmo tempo moderna (paredes coloridas e detalhes metalizados no banheiro) e clássica (móveis antigos por todos os lados). Mas o que mais gostamos foi o café da manhã: ovos mexidos com pimentões, cebola, fatias de batatas (com casca) fritas e uma fatia grossa de bacon.

Primeiro dia: Casa Rosada, igrejas, La Bombonera e Caminito
No primeiro dia, passeamos pelo centro e o sul da cidade, onde visitamos monumentos e pontos turísticos como a Catedral Metropolitana e a Basílica de Nuestra Señora de la Merced, a Plaza de Mayo, a Casa Rosada e o Congresso. Paramos para um cafezinho com medialuna (croissant doce) no Cafe Tortoni e seguimos para La Bombonera, o estádio do Boca Juniors, o time mais popular e com mais troféus da Argentina. Fizemos um tour guiado e conhecemos as arquibancadas, o vestiário e até um pedaço do campo.

Por fim, fomos de táxi até o Caminito, uma ruela cheia de casinhas coloridas, onde ficam lojas e restaurantes com mesas ao ar livre e apresentações de tango ao vivo. Comi um belo prato de pene ao fileto (molho de tomate) e o meu marido, bife de chorizo com papas fritas (batatinhas).

Foi um dia gostoso, mas cansativo. Estava muito calor e isso incomodou um pouco. Mesmo com protetor solar no rosto e nos ombros, me queimei um pouco. Andamos muito de metrô. Além de ficar mais barato ($ 1,10 a passagem), é um passeio interessante. Os trens da linha A são originais da época da inauguração, 1913, com os bancos, portas e revestimentos internos de madeira. Uma curiosidade: o metrô de Buenos Aires foi o primeira da América Latina! Dica: preste atenção para não deixar passar sua estação nem entrar pelo lado errado. Se precisar mudar de direção, terá de sair da estação e pagar outra passagem para embarcar do outro lado da plataforma.certo!

À noite, caminhamos pelas ruas próximas ao hotel para escolher um restaurante para jantar e encontramos o Lo de Jesus. Comemos bife de chorizo e ojo de bife (cortes argentinos de carne bovina, muito bons!) com vinho tinto (Trapiche Merlot, de Mendoza) e, de sobremesa, panqueque de dulce de leche (divina!!!).

Segundo dia: La Recoleta, Galerías Pacífico e Puerto Madero

No segundo dia, o clima estava mais agradável. Começamos o dia visitando o Cementério de La Recoleta, um dos mais famosos do mundo tanto pela variedade de personalidades históricas que lá descansam (como Evita Perón) quanto pela rica diversidade arquitetônica de seus túmulos. Fizemos um tour guiado grátis que durou mais de uma hora. Mas não foi cansativo. É um lugar tranqüilo e muito bonito e as histórias por trás das construções e dos mortos é super interessante. Nem vimos o tempo passar.

Na saída, tomamos um lanchinho na La Biela e seguimos a pé para as Galerías Pacífico, que são uma espécie de shopping center com muitas lojas de luxo. Apesar de os preços serem mais baixos que no Brasil, não eram nenhum escândalo de baratos, então não compramos nada. De lá, caminhamos novamente até Puerto Madero, construído em 1882, que, até 1898 foi usado para escoar grãos para exportação pelo Río de La Plata. Atualmente, os enormes armazéns onde os grãos eram guardados foram transformados em escritórios e restaurantes.

Começou a chover quando estávamos lá, então nos abrigamos em um cafezinho chamado The Cofee Shop que tinha uma carta vasta de cafés expressos. Escolhi um blend de grãos etíopes forte, o primeiro café realmente gostoso que tomei por lá – os cafés do hotel e dos outros lugares por onde passamos eram muito fracos, na minha opinião.

Por fim, pegamos um táxi no meio da chuva e voltamos para o hotel. Deu tempo para tomar um banho e tirar uma soneca antes do jantar. Tempo suficiente para a chuva parar e irmos caminhando.

Escolhemos desta vez uma cantina com inspiração italiana com massas de fabricação própria chamada La Placita, muito elogiada nas resenhas que lemos na internet antes de sair. Pedimos um prato para dois que vinha com uma combinação de três massas: talharim ao molho de espinafre, agnelotti de ricota aos quatro queijos e nhoque com mini polpetas ao sugo. Para beber, vinho tinto Trapiche Malbec de Mendoza. Aqui vale muito a pena beber vinho. Além de ser muito gostoso, é sensivelmente mais barato que no Brasil: uma garrafa sai por algo em torno de $ 30.

Fizemos o checkout nesta manhã (11) e pegamos às 12h o avião para El Calafate, com escala rápida em Bariloche. Em breve volto para contar como foi.

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