A cerimônia
Cheguei à igreja (Catedral Anglicana de São Paulo) às 18h05. O horário do convite era 18h, mas tive que esperar até às 18h30 para entrar. Enquanto eu estava no carro, começou a chover super forte!
Mas isso não foi um problema… Consegui sair inteirinha do carro na hora certa (depois de ver pela janela, ansiosa, a entrada do noivo, dos padrinhos e da primeira daminha, que levou a Bíblia). Veja as fotos (feitas pela Fox Produtora)…
Na porta, minha decoradora, a Maria Eugênia, da Flora Garden, me entregou meu buquê de orquídeas rosas e roxas, ajeitou meu vestido e deu as instruções da entrada para mim e para meu pai: ele à minha esquerda, nós de mãos dadas informalmente e eu segurando o buquê com a mão direita junto ao quadril.
Nós nos posicionamos certinho e a emoção começou a me inundar. Me deram alguns minutos para respirar, me concentrar e então… a porta se abriu.
Vocês não têm idéia da emoção que a gente sente nessa hora. Toda a igreja estava de pé, olhando para mim e sorrindo. De onde eu estava, não dava para ver o noivo, então fui andando devagar e olhando para cada convidado, feliz de ver tanta gente querida junta, meus olhos cheios de lágrima e um sorriso de orelha a orelha no rosto. A orquestra tocava a marcha nupcial de Wagner.
Pausa para comentar a minha decoração. Eu e a noiva do horário seguinte dividimos os custos e os gostos. Escolhemos tapete vermelho (original da igreja) e arranjos laterais com flores brancas (intercalando um arranjo de luz com um estilo buquê). Deixei a Maria Eugênia, que já trabalha com a igreja Anglicana há anos e tem um ateliê lindésimo, escolher as flores a seu gosto. Se não me engano, ali tinham rosas e lírios, mas nem prestei atenção na hora! Só vi que estava lindo! Deixei a cargo do bom gosto dela também o meu buquê e não me decepcionei.
O encontro
Voltando… quando cheguei à metade da nave, encontrei os olhos do meu marido e aí a emoção aumentou. Ele estava lindo, de terno e colete pretos, camisa branca e gravata prata, um sorriso monumental e o rosto emocionado.
Meu pai me entregou a ele e foi para seu lugar. Nós subimos ao altar e o pastor (o Lisâneas, que me conhece desde pequenininha) começou a falar. Enquanto o ouvia, entendi porquê existem padrinhos de casamento: fiquei olhando para eles e sorrindo, feliz de compartihar tão de perto aquele momento com representantes de cada grupo de pessoas queridas para nós.
O imprevisto
Em todo casamento, alguma coisa dá errado, e no meu não foi diferente. Estava chovendo horrores quando entrei. O pastor nos disse que era a forma de Deus expressar sua alegria enorme por nossa união. Gostei disso e me acalmei. Mas… no meio da cerimônia, um trovão e a luz acabou! O Lisâneas não perdeu a compostura e continuou com sua mensagem e, antes que eu pudesse digerir o susto, a igreja ligou o gerador (graças a Deus que eles tinham um gerador!!!). Segundo o Laurent, nosso amigo que tirou essa foto do lugar dele, a falta de luz deixou tudo mais lindo para os convidados! 🙂
Depois que tudo voltou ao normal, chegou a hora da troca das alianças e entrou minha segunda daminha. Eu e o meu marido tivemos que segurar o microfone e repetir os votos que o pastor falava e, então, colocar a aliança na mão do outro. Quando foi minha vez, eu tremia tanto que o meu marido segurou o microfone na minha mão para não cair! Ah, detalhe, eu não sabia qual era a melhor hora para largar o buquê no altar, então fiquei segurando até essa hora! O pulso com tendinite já tava pedindo socorro!
Sr. e Sra!
Enfim, nos beijamos e fomos cumprimentar nossos familiares e padrinhos e depois eles saíram. Nos viramos para os convidados e o pastor então nos anunciou como “o mais novo casal da nossa comunidade”.
Descemos do altar e cumprimentamos nossos avós, que estavam sentados na primeira fila, e depois seguimos pela nave até a saída. Lá fora, os padrinhos jogaram arroz na gente e fizeram um auê.
E foi isso. Entramos no carro e saímos em direção à festa. Mas isso é outro post…